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20 de Abril de 2024

Reflexão: Eu condenei um adolescente a morrer na prisão. E me arrependo até hoje.

Vinte anos depois, juíza aposentada dos Estados Unidos se arrepende de condenar jovem de 16 anos a ficar na cadeia até 2201

Publicado por Elder Nogueira
há 6 anos

“Você vai morrer no Departamento Penitenciário”. Essas foram as palavras que eu, como juíza, dirigi a Bobby Bostic, em 1997, quando o condenei a um total de 241 anos na prisão por ter participado de dois roubos a mão armada, com apenas 16 anos de idade.

Bostic e mais um amigo, de 18 anos, roubaram um grupo de seis pessoas que estavam distribuindo presentes de Natal para famílias carentes em St. Louis, nos Estados Unidos. Dois tiros foram disparados. Uma bala pegou uma das pessoas de raspão, mas ninguém ficou ferido de forma grave.

Depois, os dois roubaram outra mulher — que disse ter sido tocada pelo cúmplice de Bostic antes de ser liberada. O dinheiro roubado dela foi usado para comprar maconha. Bostic quis ir a julgamento, mesmo com tantas indícios de provas contra ele. Foi considerado culpado.

Ele então me escreveu uma carta para tentar explicar suas ações. Mas não demonstrou, na minha visão da época, arrependimento o suficiente. Eu disse a ele:

“Você é o sujeito mais estúpido que já passou por esta corte... você fez suas escolhas. Agora vai ter que viver com as consequências, e morrer com isso... a data da sua liberdade condicional fica marcada para o ano de 2201. Ninguém nesta sala vai estar vivo em 2201”

Pensei que estava punindo Bostic pelos seus crimes. Olhando para o passado, percebo que estava o condenando pelo que ele tinha feito e também por sua imaturidade.

Agora estou aposentada, e me arrependo profundamente pelo que fiz. A ciência descobriu tanta coisa sobre o desenvolvimento do cérebro humano nestes mais de 20 anos desde que proferi a sentença. O que aprendi (tarde demais) é que o cérebro das pessoas jovens não é estático; eles estão em processo de amadurecimento. Garotos da idade dele são incapazes de medir riscos e consequências da mesma forma que um adulto faria.

Um sem-número de pesquisas científicas mostram que os jovens têm uma maturidade e senso de responsabilidade menor que o dos adultos porque eles ainda estão crescendo. E, por esse mesmo motivo, eles têm maior capacidade de melhorar.

Talvez isso não seja nenhuma surpresa. Nós, enquanto sociedade, reconhecemos que crianças e adolescentes não podem e não devem agir como adultos. É por isso que até uma determinada idade você não pode votar, se alistar no exército, participar de um júri ou comprar cigarros e bebidas alcoólicas.

Os próprios tribunais começaram a adequar a lei à noção da sociedade de que crianças são diferentes (e devem ser tratadas de outra forma). No julgamento Graham v. Florida, em 2010, a Suprema Corte se embasou em estudos sobre a mente ao determinar que a Constituição dos EUA proíbe jovens que não tenham sido acusados de homicídio de serem condenados a uma sentença perpétua sem liberdade condicional. É “cruel e incomum”, determinaram, que um jovem que não seja réu por homicídio “morra na prisão sem nenhuma oportunidade real de conseguir a liberdade”.

Estes jovens precisam de uma oportunidade para mostrar que cresceram e estão reabilitados. Eles não podem ser excluídos para sempre da sociedade por algo que fizeram antes mesmo do seu cérebro ter se desenvolvido por completo.

A maior parte das cortes nos EUA interpreta que esta decisao de 2010 da Suprema Corte proíbe sentenças como a que eu determinei para Bostic. Tecnicamente, não o condenei a uma “vida sem condicional”. Mas a verdade é que ele só vai poder pleitear uma condicional aos 112 anos de idade. O que significa que irá morrer na prisão, e não faz diferença se ele conseguiu se reabilitar ou amadurecer, conforme ficou mais velho.

Hoje penso que este tipo de sentença é tanto ignorante como injusta. Mas cortes de Missouri e de muitos outros estados ainda permitem este tipo de decisão. E os juízes de Missouri mantiveram a minha sentença.

Esta semana, a Suprema Corte dos EUA vai decidir se irá ou não julgar o caso de Bostic. Caso isto se confirme, eles irão debater se a sentença dele está de acordo com a Constituição. Acredito que a corte deveria pegar este caso e dar a Bostic a chance que eu lhe neguei: de provar que mudou, e que não merece morrer na prisão por algo que fez aos 16 anos de idade.

É errado impor uma sentença perpétua, sem condicional, a uma criança que não cometeu assassinato — seja em uma sentença por um ou por vários crimes.

Eu puni Bostic por ser imaturo. Condenar jovens como ele a uma vida na prisão sem chance de ver a liberdade, independente de eles amadurecerem com o tempo, é algo injusto, desleal e, pela decisão da Suprema Corte de 2010, inconstitucional.

*Evelyn Baker é juíza aposentada do estado de Missouri, nos Estados Unidos.

Tradução: Naiady Piva

Fonte: Gazeta do Povo

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129 Comentários

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Se essa juíza provar para mim que mantendo esse jovem na prisão não poupou a vida de outras pessoas que poderiam ter sido mortas em um assalto, talvez lhe de razão em reconsiderar seu julgamento.
A vida de um cidadão cumpridor de suas obrigações sociais vale mais ou menos que a de um assaltante e talvez homicida?
Em primeiro momento, podemos considerar a pena excessiva mas o exemplo deixado com certeza foi de bom tamanho. continuar lendo

Acredito que todo crime que seja um atentado a principal propriedade de um ser humano que é a vida deve-se punir exemplarmente.
Se houver morte, deve-se moer pronto e acabo.
E não importa a idade.
Da mesma forma que um adolesceste quer curtir a vida ele tem consciência que seus pares também querem.
Devemos usar a lógica do bandido para julga-lo. Você não respeita a vida das pessoas então não iremos respeitar a sua. continuar lendo

Na verdade Daniel, eu entendo que existe muitas coisas entre uma vida de crimes e as razões que possam influenciar nessa triste escolha.
Mas estamos vivendo um momento de total insegurança e a bem da verdade, já perdemos a condição de consertar a muito tempo. Hoje, acredito não termos mais escolhas, se quisermos continuar vivendo. Estamos sim em uma guerra civil, uma guerra entre dois mundos que se formaram em um só. Uma guerra entre dois tipos de civilização, costumes e necessidades.
Talvez seja tarde demais para remediar tantos erros e omissões. Deixou de ser a muito uma questão de polícia ou mesmo jurídica. É uma questão política, exclusivamente. ´
Precisaríamos de leis duras, de tolerância abaixo de zero. Duvido que exista interesse político em atirar no próprio pé. continuar lendo

Bem exigente vc, quanta falta de lógica, então vamos prender todos os jovens para que não cometam ilícitos. continuar lendo

Concordo que possa haver um exagero na prisão perpetua, mas que tem que haver prisão isso tem. continuar lendo

Nobres colegas, trata-se de um texto reflexão, contudo, se a juíza se arrependeu da pena aplicada ao menor após sua aposentadoria, isto é um problema pessoal dela. No ordenamento jurídico americano é permitido a revisão da pena e do veredicto do magistrado. Se a juíza se arrependeu, basta declarar que seu julgamento foi parcial e induzido pelo seu pensamento pessoal de vingança. Declarado isto, o jovem será submetido a um novo julgamento, onde terá uma nova oportunidade. Por outro lado, será um tiro no pé da magistrada, pois todos os seus julgamentos e veredicto serão submetidos a uma severa revisão, situação que poderá anular vários de seus julgamentos e colocar vários condenados perigosos de volta na sociedade.

Apesar dos jovens não possuírem uma maturidade formada, não podemos olvidar, eles possuem plena capacidade de discernimento, sabem o que é certo e errado, se optou pelo caminho do crime deve pagar o preço do caminho escolhido. Hoje em dia, não há espaço para a conversa mole de que eles não sabem o que estão fazendo, sabem muito bem e devem arcar com as consequências dos seus atos ilícitos praticados. Não podemos também olvidar, o sistema penal americano é bruto, não dá colher de chá para criminoso, não importa a idade, se resolve o problema da violência urbana, não sei, mas retiram os criminosos do convívio social. Se o sistema penal brasileiro funcionasse ao menos 30% do sistema penal americano, a historia aqui seria outra. continuar lendo

Pedro.
Educar para prevenir, punir para remediar.
Tem outra solução? continuar lendo

Raciocínio do Estado Islâmico, O que ocorreu foi um assalto a mão armada e não um homicídio qualificado, pra se condenar à uma prisão perpetua, o direito penal gradua a pena pelo grau da tipificação penal, Não se pode punir alguém por algo que não aconteceu, por cogitação, hipótese, isso é pior que o fundamentalismo islâmico, de xiitas, sunitas e de Osama Bin Laden, é obscurantismo, e falta de bom senso, é mais do que a lei de talião, que já foi revogada a milhares de anos. Quem pensa assim não merece viver numa democracia, a índole autoritária é próprio para das ditaduras. continuar lendo

Quem escolhe a pena na Flórida não é o juiz e sim o bandido.
O juiz somente aplica, o bandido tem opções se ele quiser pegar a pena perpétua ou de morte é só comprar uma arma e fazer uso dela em um assalto.
Lá a lei é clara como diz Arnaldo César Coelho

https://youtu.be/bNgswxOfrt8 continuar lendo

Tá quem acha que cadeia é feita pra ressocializar e gosta de passar a mao na cabeça de bandido

https://youtu.be/-7wZGuSnAYs continuar lendo

e mais. Qdo bandidos não são punidos, outros avaliam o custo beneficio e decidem seguir seu caminho continuar lendo

@joserobertounderavicius Então devemos mesmo condenar pessoas pelos crimes que elas talvez quem sabe pode ser que venham a cometer no futuro?

@danielbaldi87 acho que você está comentando no lugar errado. Aqui, creio eu, falamos de justiça. Vingança deve ser o outro site do seu bookmark. continuar lendo

Futuro Cristiano?

Tem certeza que leu o artigo? continuar lendo

Só o "talvez homicida" na sua ponderação, Dr., já estraçalhou seus argumentos!

Me lembra aquele filme de ficção: Minority Report. continuar lendo

Basta ler o artigo com atenção Heráclito:
Existiam antecedentes criminais? SIM!
Ele estava armado quando praticou o delito? - SIM!
Chegou a atirar em alguém? - SIM (por acaso não matou)
Pela longa história da criminalidade no mundo todo, quem tem um início assim, dificilmente terá um fim diferente.
Sem pré julgamentos, mas apenas pela lógica, o erro da juíza, se é que existiu, teve mais impacto em salvar vidas do que prejudicar uma, a do bandido, que é assim por opção. Não rouba, atira ou mata quem está na rua indo pro trabalho, ou a um supermercado, ou levando os filhos a um cinema. continuar lendo

Com 16 anos eu estava entrando na Faculdade, sabendo que o Direito era o que eu queria para minha vida. Se no Brasil houvesse julgamentos como o de Bostic para menores infratores, é certo que a criminalidade diminuiria. Hoje, o menor faz o que quer e como quer. Eu, se fosse essa juíza, estaria feliz por ter condenado este jovem com plena justiça, e não estaria nem um pouco arrependido. continuar lendo

Na verdade quem faz ou deixa de fazer é o adulto e aí culpamos os jovens. Fácil de resolver, bem simplista.. continuar lendo

Você é um exemplo pra todos os seres humanos. 16 anos e já estava entrando na faculdade e sabendo de tudo sobre a vida. Parabéns. continuar lendo

Concordo plenamente. continuar lendo

Parabéns, tlvz a sua escolha cedo de mais que lhe deu essa soberba. Tlvz o rpz deixasse de ser um assaltante contumaz , já vc vai demorar mais do que os 241 anos para abandonar para reconhecer sua prepotência. continuar lendo

Artigo irretocável e de grande valor reflexivo diante da mentalidade brutalizada que toma o espírito daqueles que se autointitulam como "cidadãos de bem". Uma das principais características do ser humano é exatamente a capacidade de mudar a si mesmo, repensar seus atos. Claro que isso não ocorre com todos, mas, se ocorre com alguns, já é argumento suficiente para afastar o argumento da punição objetiva, de modo que o Direito - principalmente o criminal - seja repensado para que cada caso concreto seja examinado de acordo com as peculiaridades de cada indivíduo. Ninguém aqui, hoje, é a mesma pessoa de ontem. Amanhã ninguém será a mesma pessoa de hoje, e assim sucessivamente. Somente os imbecis, os néscios, mantêm uma forma estática de pensar, sendo que o Direito é uma ciência que exige constante reflexão e responsabilidade por parte do aplicador da lei. Lamentável que, a cada dia que passa, o discurso do ódio e da intolerância se firme no modo de ser daqueles que defendem o máximo rigor em casos como o narrado no artigo. Imagino que sejam indivíduos imaculados para firmarem suas convicções com tanta veemência. continuar lendo

Totalmente de apoio, @vitorgug continuar lendo

quando eu leio alguém falando DISCURSO DE ÓDIO e INTOLERÂNCIA eu já vejo o quando essa pessoa é manipulada e politicamente correta, aí já paro de ler qualquer coisa desse ser , não vale a pena perder tempo continuar lendo

Lucas,

Interessante seu comentário!

Considerando-se que o Jusbrasil é um site jurídico, é de sua natureza que haja debates entre as pessoas (mas debates mesmo; não tweets com frases de efeito). Então, vamos debater, caso queira (e espero que seja frutífero, já que você adiantou no comentário que não lê as coisas):

1. Essas pessoas de que você fala são manipuladas por quem ou pelo quê?

2. São politicamente corretas? Defina isto - politicamente correto. E com base em que parâmetros você conclui que pessoas que têm opiniões contrárias às suas são "politicamente corretas"?

3. Você é cientista ou é só opinador?

Estou aberto ao debate.

Um abraço. continuar lendo

Parabéns Vitor, não tinha refletido sobre a juíza em si, fique com raiva dela apenas. Que absurdo condenar a prisão perpétua por assalto. Mas, lendo seu comentário eu vi que a própria juíza fez aquilo que ela tinha negado ao condenado - amadureceu, reviu sua posição. Se ela como julgadora, posição de autoridade e - em grande parte da vezes - vaidade, conseguiu amadurecer a ideia, pensar e agir diferente, pq outros tb não podem, inclusive o condenado. A juíza não pensou que todos naquela sala poderiam mudar tanto em 20 anos, inclusive ela. Que bom que ela se manifestou. continuar lendo

"Uma das principais características do ser humano é exatamente a capacidade de mudar a si mesmo, repensar seus atos."
-> Sim, o difícil é tirar a vítima do túmulo, pedir desculpas e fazer a vida continuar. continuar lendo

Realmente a ciência que há muito tempo dorme, se omite e quer justificar seus equivocos colocando em riscos vidas sem a mínima chance de defesa. continuar lendo

Excelente comentário! continuar lendo

È muito, mas muito fácil mesmo toda essa singela arte de aliviar sugerindo a relevância de uma chance á quem não forneceu nenhuma, esta que poderia até mesmo fazer inexistir o crime e suas consequencias. Felizmente essa passividade de facilitar não é um padrão, caso contrário seria a motivação pra colocar o crime num cotidiano bem mais contundente do que já é hoje. Mas ainda as atrações que motivam o crime são punições atuais desproporcionais ao delito, tais como prestar serviços na comunidade em sentença até pra quem tirou uma vida, ao mesmo tempo que se restringe ou quase se elimina ação pra polícia reprimir com + rigor quem aponta armas contra o cidadão do bem. Sem usar de deboche em aspas, o único discurso de ódio espontâneo e desmotivado é o do caráter criminoso qdo se vê em desvantagem social e procura equacionar com um crime, ceifando uma vida se preciso for. Somente com criminalidade reduzida ao significante os pensamentos irão se dinamizar á socialização, mas na situação atual os espinhos estão rasgando as rosas. continuar lendo

Excelente comentário, e um refresco no meio dos demais. Obrigada por ele! continuar lendo

É isso ai, o que eu queria colocar...! Faço minha, a sua lúcida reflexão. Eu já estava pensando, que vivemos em uma sociedade de bárbaros, do olho por olho..! Pelos comentários, se percebe o fascismo enraizado na nossa sociedade..! Mas esse fascismo só serve se for com o filho dos outros, se for o próprio filho, certeza que vai mover céus e terra pra tirar ele daquela situação..! Lamentável..
Obrigado pelo seu comentário, ainda existe um luz no fim do túnel..! continuar lendo

Direito dela se arrepender, mas garanto que a sociedade a agradece por isso até hoje e será agradecida eternamente. Ou ela acha que esse anjinho, se solto, tomaria jeito? Alguém que com 16 anos já está disposto a matar um inocente não tem outro caminho pela frente senão a cadeia ou o cemitério, este último bem mais provável. continuar lendo

poucas pessoas se recuperam, e muitas vítimas morrem nesse caminho .... então concordo com vc plenamente continuar lendo

Texano, parece que vc está no estágio inicial dá juiza. continuar lendo

Caro senhor @petrosalalves, diante de seus demais comentários fica evidente o viés garantista, portanto, me reservo o direito de replicá-lo de forma bem sucinta.

O que sei e digo é: quem comete crime é criminoso, merece punição e fim de papo. O fato da idade do agente é irrelevante, crime é escolha. O que os outros acham sobre isso é problema dos outros.

Sua afirmação de que "adultos delinquem e culpamos jovens por isso" é mais irrelevante ainda, para não dizer o óbvio e de forma literal: um devaneio total. Ops...

Se eu fosse juiz (graças a deus minha área é outra), bandido não ficaria impune. Condenaria com prazer e prestaria contas à sociedade que paga o salário e espera uma atuação digna e à altura de seus anseios por mais segurança.

Digo e repito: como alguém com experiência de convívio com marginais de toda sorte, sei muito bem a parcela que se recupera, e afirmo com propriedade, não são aqueles que cometem crimes hediondos, quiçá nos idos de seus poucos 16 anos de vida. Querer negar isso é escolha de cada um, mas a realidade nua e crua é essa, doa a quem doer ler essas palavras.

Espero que o senhor aprenda isso bem cedo na faculdade para que não se torne outro teórico de gabinete e militante das causas impossíveis como a justiça restaurativa para homicidas, estupradores, latrocidas, traficantes, assaltantes, etc.

A caminhada é longa, desejo boa sorte ao senhor. continuar lendo

É, pensando desse jeito, realmente se percebe que nossa sociedade está falida. Se não há chance de arrependimento e rever atos, prá quê manter um sistema penitenciário? continuar lendo

Sr. Heráclito, claro que há chance de arrependimento, é o que se faz em penitência durante a sentença a ser cumprida decorrente á condenação pelo crime que cometeu.
O ambiente próprio para isso foi que originou o nome de "penitenciária". continuar lendo